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“Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com jóias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!” – 1 Tm. 2.9,10
Na última sexta-feira, dia 29 de abril de 2011, o mundo parou para assistir aquele que foi chamado de “o casamento do século”.
Dentre as muitas expectativas, a principal, claro, estava dirigida especialmente para a noiva.
Embora envolta num aparato de holofotes, reverências e segurança, a curiosidade mundial não estava relacionada a como a senhorita Kate Middleton reagiria a toda aquela pressão emocional; tampouco às multidões que se apertavam nas ruas de Londres para reverenciá-la, no trajeto à magnífica Abadia de Westminster.
A informação passada pela mídia era uma só: “o mundo espera ansioso para ver o vestido de Kate”.
Afinal, como a futura Duquesa de Cambridge se vestiria para o seu próprio casamento? Aliás, como deveria se vestir a noiva de um príncipe no dia da sua boda?
A resposta, que pasmou o mundo, especialmente o da moda, foi dada pela própria Kate, tão longo ela desceu do carro: a noiva de um príncipe se veste de forma simples.
Ok! Mas o que isso tem a ver com o que o apóstolo Paulo diz sobre a mulher em 1 Timóteo 2.9,10? Vamos ler o texto novamente:
“Quero também que as mulheres sejam sensatas e usem roupas decentes e simples. Que elas se enfeitem, mas não com penteados complicados, nem com joias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!” – 1 Tm. 2.9,10
De uns tempos para cá, essas e outras considerações de Paulo sobre a mulher têm sido alvo de críticas ferrenhas, inclusive com o apóstolo sendo acusado de machismo, por quem se propõe a fazer uma leitura apressada e superficial dos seus textos.
Observe, porém, que em nenhum lugar do texto Paulo se coloca contra a feminilidade da mulher.
“Que elas se enfeitem, diz o apóstolo, mas não com penteados complicados, nem com joias de ouro ou de pérolas, nem com roupas caras! Que se enfeitem com boas ações, como devem fazer as mulheres que dizem que são dedicadas a Deus!”
A premissa por trás dessas palavras é que a beleza exterior deve ser um reflexo natural de uma beleza interior existente.
É importante detalhar que, embora a exposição de Paulo pudesse ser aplicada a todas as mulheres, na carta a Timóteo o alvo são as mulheres cristãs.
Por causa do Evangelho de Cristo, as mulheres cristãs foram libertas da tirania da aparência e da superficialidade fútil, e aprenderam do próprio Cristo que a verdadeira beleza não provém de ornamentos externos, mas de corações puros, enfeitados pela decência, pela sensatez, pela simplicidade e por boas ações.
Adentrando os templos cristãos de hoje, especialmente aos domingos, vemos quão atual é esse conselho de Paulo. Visto que as igrejas de hoje mais se parecem passarelas de moda. As mulheres cristãs, salvo honrosas exceções, em nada se diferem das mulheres não cristãs. Muitas inclusive se vestem para o culto com a mesma preocupação com que se vestem para ir a um shopping ou a uma praia. Sem falar nas destrambelhadas e emocionalmente afetadinhas que chegam ao local de culto “vestidas para matar”.
Na perspectiva do apóstolo Paulo, a mulher, sobretudo a cristã, precisa compreender o seu valor e não se submeter a nenhuma situação, estética ou emocional, que lhe remeta a uma condição inferior àquela que o próprio Deus lhe conferiu.
Contudo, se as palavras da Bíblia já não são suficientes para fazerem as mulheres cristãs refletirem sobre os excessos impostos pela cultura da moda, que elas pelo menos considerem o exemplo da princesa Kate; para sempre elogiada, por não ter se rendido ao estereótipo de beleza imposto pela indústria da moda, mas, sobretudo, pela atitude inteligente de não deixar que nenhum ornamento por mais caro ou luxuoso que fosse ofuscasse a beleza que ela já trazia consigo.
É isso mesmo: às vezes o penteado é tão complicado que não conseguimos ver a beleza que ele mesmo ajuda a esconder.
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